produÇÃO de sementes FLORESTAIS É DEBATIDA COMO ALTERNATIVA ECONÔMICA NA Caatinga

19/12/2018

Juliana Müller Freire - Embrapa Agrobiologia
Barbara Franca Dantas - Embrapa Semiárido

VI Workshop de Sementes e Mudas da Caatinga debate pesquisas, legislação e gestão para fomentar a coleta de sementes como atividade econômica na Caatinga.

Nos dias 31/07 a 03/08 aconteceu o VI Workshop de Sementes e Mudas da Caatinga, realizado, em Petrolina (PE) sob coordenação da Embrapa Semiárido e em parceria com Univasf e Universidade do Estado da Bahia (Uneb). O Workshop foi realizado paralelamente ao II Simpósio do Bioma Caatinga, que contou com uma ampla e extensa programação, abordando temas como recursos hídricos, geoprocessamento, uso medicinal de plantas da caatinga, recuperação de áreas degradadas, meliponicultura, conservação da fauna, ensino e extensão, além das sementes florestais. O SIBIC contou com a participação de 418 pessoas, de 110 instituições nacionais e internacionais e apresentação de 500 trabalhos na forma de resumos e apresentações orais.

Mesa redonda e palestras

Foto: Regina L. Cruz

No primeiro dia do Workshop foi realizada a mesa redonda “Produção de sementes da Caatinga como alternativa econômica”, onde foram apresentadas palestras de profissionais envolvidos na coleta, produção, legislação e comercialização de sementes florestais, com o intuito de discutir os aspectos legais e econômicos de coleta e produção de sementes florestais da Caatinga.

No segundo dia de evento em 01 de agosto de 2018, foi realizada a mesa redonda “Pesquisa com sementes e mudas da Caatinga: do banco de sementes às mudanças climáticas” no qual foram discutidos trabalhos científicos sobre a avaliação de sementes sem embrião, memória hídrica, estresses e previsão da germinação em cenários de mudanças climáticas.

Foto: Regina L. Cruz

No terceiro e último dia de evento em 02 de agosto de 2018, foi realizada a mesa redonda entre as “Redes de Sementes Florestais” com a participação dos coordenadores da Rede de Sementes Florestais da Caatinga, Prof. Dr. Marcos Vinicius Meiado; Rede de Sementes do Pantanal, Prof. Dra. Liana Baptista de Lima e Rede RioEsBa e Comitê Técnico de Sementes Florestais, Dra. Juliana Muller Freire. Foram apresentadas informações sobre as 13 Redes de Sementes atuantes no Brasil, ressaltando o caráter familiar e comunitário da atividade de coleta e produção de sementes. A Rede de Sementes do Pantanal apresentou uma estratégia muito interessante de abordar o tema semente como um assunto transversal do uso e manejo de recursos florestais pelas comunidades, abrindo a possibilidade de se ter produtos que não sejam só para restauração, mas para produtos alimentícios valorizados pela cultura local.